Marcus Alberto Nadruz Coelho; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Blutaparon portulacoides (AMARANTHACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo amplamente aqui nas regiões Nordeste (Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe), Sudeste (Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Rio Grande do Sul) (Marchioretto et al., 2012). Ocorre ainda Uruguai, Colômbia, Venezuela (Agudelo H, 2008). A espécie não ocorre acima dos 100 m acima do nível do Mar (Agudelo H, 2008).
?Espécie com ampla distribuição geográfica na costa atlântica, sendo encontrada, também, no Cerrado.
Descrita em Taxon 31: 115. 1981.Espécie conhecida popularmente como "pirrixiu", "bredo-de-praia" e "capotiraguá" (Siqueira, 2002; Bertier et al., 2008).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Habitat Loss/Degradation (human induced) | |||||
Os principais fatores de risco apontados para as restingas brasileiras podem ser distribuídos por região da seguinte forma: Região Sul: agricultura, projetos de irrigação, pecuária, ocupação irregular e desordenada, atividades de beneficiamento de carvão, introdução de espécies exóticas, poluição, desmatamento e turismo; Região Sudeste: industrialização, urbanização excessiva, especulação imobiliária, falta de fiscalização, transporte, turismo descontrolado, extrativismo mineral, atividades e políticas municipais equivocadas; Região Nordeste: expansão urbana desordenada, especulação imobiliária, remoção de areia para a construção civil, desmatamento, esgoto e lixo; e Região Norte: especulação imobiliária, pecuária e extração de madeira (MMA, 2002). |
Ação | Situação |
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1.2.2.3 Sub-national level | on going |
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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Bioativo | ||
A espécie é utilizada na medicina tradicional indígena no tratamento de leucorreia (Siqueira, 2002). O extrato de B. portulacoides apresentou atividade anti-inflamatória, na redução do efeito edematogênico em pata de camundongo, induzido pelo veneno total da serpente Bothrops jararacussu. Este estudo sugere que essa planta pode ser uma possível alternativa no tratamento de acidentes por serpentes botrópicas. |